Em agosto deste ano, o SAD (Sistema de Alerta de Desmatamento), divulgado pelo Imazon, detectou 886 km² de desmatamento em toda a Amazônia Legal. Esse número representa um aumento de 63% em relação a agosto de 2018, quando o desmatamento somou 545 km². No último mês, o estado com mais alertas de desmatamento foi o Pará (48%), seguido por Amazonas (15%), Rondônia (13%), Mato Grosso (12%), Acre (11%) e Roraima (1%).
Degradação
A degradação na Amazônia Legal também registrou um aumento expressivo. As áreas com degradação, representadas por queimadas e extração seletiva de madeira, somaram 922 km² em agosto de 2019. Um aumento de 675% em comparação com agosto do ano passado, quando o SAD totalizou 19 km². O estado com o maior número de áreas degradadas foi o Mato Grosso (45%), em seguida Pará (42%), Rondônia (8%), Amazonas (4%) e Acre (1%).
Caracteriza-se desmatamento como o processo de destruição total e permanente de uma área verde. Na maioria das vezes, essa floresta é convertida em áreas de pasto. Já a degradação é caracterizada pelo corte raso e seletivo das árvores, normalmente para fins de comercialização da madeira. Outros exemplos de degradação são os incêndios florestais, muitas vezes usados para abertura de clareiras.
Ranking do Desmatamento
Altamira e São Félix do Xingu, no Pará, aparecerem pelo segundo mês consecutivo no topo dos municípios que mais desmataram. Em agosto, o SAD detectou, em cada um dos municípios, 92 km² e 60 km² de florestas desmatadas, respectivamente. Ainda em agosto, a maioria (48%) do desmatamento na Amazônia ocorreu em áreas públicas não destinadas, em áreas privadas ou em diversos estágios de posse. O restante foi registrado em assentamentos (23%), Unidades de Conservação (20%) e terras indígenas (9%).
As Unidades de Conservação com mais alertas de desmatamento foram a APA Triunfo do Xingu (PA) e Florex Rio Preto-Jacundá (RO), com 38 km² e 32 km² de devastação, respectivamente. Das 10 terras indígenas com maior número de áreas desmatadas em agosto deste ano, 7 ficam no Pará. A TI Cachoeira Seca do Iriri, no noroeste do estado, aparece no topo da lista, com 19 km² desmatados.
Maranhão
A partir deste mês, o SAD irá reportar alertas de desmatamento e degradação no estado do Maranhão. O bioma amazônico representa 24% do território do estado, área onde são encontradas espécies ameaçadas, raras e endêmicas, o que comprova a importância biológica e a necessidade de também monitorar este território.
Em agosto, o SAD detectou 7 km² de desmatamento na Amazônia Maranhense. As estatísticas dos alertas de desmatamento e degradação florestal do Maranhão serão reportadas separadamente dos outros estados para não comprometer as comparações com os meses anteriores, quando o Maranhão ainda não possuía alertas mapeados.
Confira o infográfico: